domingo, 18 de abril de 2010

Desespero

dias em que por mais que eu abra a janela, o sol insiste em não nascer para mim. Parece que o mundo se afastou. Me sinto abandonada pela luz de quem tanto amei. São dias esses em que nem mesmo o vento sopra contra meu corpo, fazendo meus cabelos voarem. Deixam que eu esqueça de me arrepiar diante de seus carinhos.

Assim, lágrimas escorrem de meus olhos. Não se cansam de cair. Tentam provar ao céu que sinto falta de seus encantos. Choro como se gritasse dizendo para voltarem, que não me deixem sozinha mais uma vez. Tenho esperança de que me escutem e que retornem.

Me canso, enfim, de chamar e não ter resposta. Deito em minha cama fria e acabo adormecendo, vencida pelo cansaço. Sonho com brilhos nunca vistos, brisas não sentidas. Sonho que jamais acordarei para não ter de ver a tristeza de meu mundo real.

Em um segundo, tudo muda. Abro meus olhos e vejo um brilho mais radiante que do sol. Sinto um sopro mais arrepiante que do vento. Lágrimas voltam a rolar pelo meu rosto, aliviadas. Nesse instante, não sei se sonho ou se vivo a mais pura realidade. (18/04/2010)

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