domingo, 28 de fevereiro de 2010

A musica


Essa canção

Fecha teus olhos
Sente a vibração dos instrumentos
A harmonia das notas
O prazer do som em teus ouvidos

Esquece-te da vida ao teu redor
Deixa teu corpo ser tomado pela musica
Abre espaço para que ela entre
Se puder, nunca mais deixa-a sair

Apaga as luzes
Imagina-te dançando em seu ritmo
Encanta-te com sua beleza particular
Faz de ti parte dessa obra de arte

Alimenta tua alma com doçura
Com o sabor ardente dessa canção
Respira e sente o perfume
O aroma puro trazido pela perfeição

Solta-te, deixe-a te carregar junto ao vento
Levar-te ao ápice da felicidade
Do prazer encontrado em uma melodia
Ao abraço trazido por essa forte emoção

Sente-a percorrer teu coração
Iluminar tua escuridão
Guarda-a para sempre em ti
Escute-a e chore de verdade

Ponha-a em teu peito
Faça junto dela uma viagem
Cante-a com delicada paixão
Lembre-te de mim quando ouvires essa canção
(26/02/2010)

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Ela é só minha, só minha, minha, minha

Minha chuva

Encontro-me finalmente com a chuva
Suave, doce, meiga
Ela bate em minha janela
Procura abrigo

Meus olhos desejam absorve-la
Toma-la, guarda-la
Fico a observa-la cair
Leves passos pelo ar

Amargas, caem no chão
Escorrem e se vão
Misturam-se a sujeira
Perdem-se na imensidão

Choro por ela
Gotas desperdiçadas
Jogadas ao vento
Levadas para longe de mim
(23/02/2010)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Eu te amo!

Amor meu amor

Amor meu amor, te amo tanto
Com palavras não sei explicar
Sinto algo muito alem
Nada posso contra isso

Coisa profunda que habita meu corpo
O fundo de minha alma, de mim
Se fixou em meu coração
Não posso retirar

Paixão louca que me invadiu
Amor doido que me faz bem
Te quero tanto que nada sei
Não posso me controlar

Teus olhos me atraem
Tua boca me consome
Teu corpo me protege
Não posso te deixar

Não, amor meu amor
Eu não posso
Eu não quero
Porque eu te amo!
(9/02/2010)

P.S: Pelo menos esse nao estava no fundo do bau...rs

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O medo tornou-se parte importante, continuo a esperar

O tempo e o medo

Fico a contar as horas, elas parecem infinitas
Tento não me apressar, não consigo evitar o relógio
Preciso de um por perto sempre
De minuto em minuto eu olho, e lembro de você

Então uma saudade louca me invade
O nervosismo aumenta mais, suo frio
Coração perde totalmente o controle
E eu pareço correr ainda mais contra o tempo

Mas tenho medo de tudo isso que acontece
De te esperar tanto, te desejar tanto
Talvez seja apenas uma grande insegurança
Ou a certeza de um querer muito grande

E se esse medo se perder, me perderia junto
Porque sem ele já não sei mais seguir
O medo faz parte da espera
Por isso, continuo a esperar
(16/11/09)

P.S: Meu baú foi aberto outra vez...rs

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Azuis infinitos

Mar e Ceu

Transparente azul
Salgada agua
Gota sobre gota
Infinito

No fim, o horizonte
Um encontro
Uma juncao
Mar e ceu

Transparente azul
Ardente sol
Nuvem sobre nuvem
Vento

Sobreposicao
Um no outro
Unidos
Fim do dia
(4/11/09)

P.S: Desenterrei um, pela falta de novos...rs

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Que seja infinito enquanto dure

Inverno

Corta a pele o vento gelado
A neve fria cai sobre o corpo quente
Esfria, resfria, congela, arrepia
E nos deixa mais próximos, juntos

A neblina ofusca a vista
Embaça o vidro da janela
Esconde a beleza da paisagem
O gelo seco, branco, que caiu a noite

As flores ficam encobertas
Perdem sua cor, seu brilho
Guardam outro encanto
Doce perfume, que exalam com graça

Flocos gelados apaixonam-se
Engraçam-se por seu cheiro
Caem sobre elas e suspiram
Adormecem, desejam nunca mais acordar

Quando o molhado esvai-se, desfaz-se
As flores choram, derramam suas lágrimas
Dizem adeus a seus amores
Mas nunca esquecem-se de seu calor

Quando acordo, estou abraçada
Em seu corpo quente, terno
Somos como flor e neve no inverno
Inseparáveis, inesquecíveis, um do outro, um só
(15/02/2010)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Um amor desses que tem-se as vezes

Esse nosso amor

Ah, esse nosso amor
Onde mãos não unem-se
Conectam as almas
Fazendo pulsar o coração

Venta forte no peito
Aquece, queima, grita
Como carvão em brasa
Sol ardente, incandescente

Ah, esse nosso amor
Veio-me loucamente
Invadindo corpo, tudo
Deixando-me perdida

Brilha em mim luz
Ilumina meu rosto e boca
Rouba a tristeza e leva-a
Traz-me somente felicidade

Ah, esse nosso amor
Construído para o eterno
Desejado por Deus
Amor infinito, maior que eu
(13/02/2010)



sábado, 13 de fevereiro de 2010

De noite eu pude ver

Luar

No ceu da noite, irradiava uma luz. Brilhante. Misturava-se aos encantos do fim do dia, aos encantos do anoitecer. Pura, singela, ingenua. Tinha força, mas não a conhecia. Era tao simples, e tao bonita. Vinha de leve, e alcançava cada parte do coracao de quem a admirava.

Sua forma era evidente, redonda. Cheia naquele dia. Branco vibrante, radiante, divino. A cidade se enfeitava com essa nova cor. Vestia-se do mais belo tom, da maior beleza, transformava-se. Iluminada magistralmente pela lua.

Era quente, como o sol. Esquentava o ceu, as ruas, os coracoes. Pequena, roubava a atencao, parecia ser gigante. Acalentava os que sentiam falta de abraços, ternuras, afagos. Cuidava de alegrar os rostos tristes, dava-lhes a oportunidade de sorrir mais uma vez, e para sempre.

Com o tempo porem, foi perdendo sua força. Foi deixando de brilhar. Começou a desaparecer, foi se esconder. Escondeu-se atras do horizonte, para que apenas os olhares mais encantados pudessem descobrir o seu segredo. Amanha, ela voltaria ainda mais bela. (12/02/2010)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Quando algo se transforma

Pingo d’agua meu amor

Pingo d’agua criou uma forma
Transformou muita coisa
Ganhou merecido reconhecimento
Passou a ser importante

Deixou de ser mais um pingo que caiu
Em tarde quente no verão chuvoso
Não eh mais comum, não eh mais igual
Tem uma forma única, diferente

Pingo d’agua criou uma forma
Desceu dos céus dançando
Roubando os olhos de todos
Pingo d’agua meu amor
(9/02/2010)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Encantos particulares que ele tem

Alvorada

Via-se de longe a alvorada. Um laranja fulgurante, mesclado a um azul calmo no ceu. Pacifico. O sol tinha vibraçao estonteante. Era dono de um amarelo vibrante, de doer os olhos dos seus admiradores. Mas estava timido, escondido atras de nuvens, que guardavam-o com carinho.

A brisa ainda era gelada, como a noite anterior, mas puramente leve. Ia sempre de encontro a um corpo, que estremecia... As flores, e arvores, farfalhavam, deleitavam-se com o bater da aura. Com o frio, que, ao mesmo tempo, mostrava-se quente. Dançavam ao ritmo do vento. Sorriam para o astro rei, que comecava a aparecer por entre nuvens, ainda inibido com tanta gente.

Pouco depois, uma grande luz passou a iluminar cada canto escuro no ceu. Trazendo uma cor nova. Tinha uma força de prender as pessoas. Vinha irradiando um calor incandescente, que queimava a pele, ardia. Era brasa, fogo, chama acessa. Assim se fez dia, amanhaceu. O sol nasceu, misturando sua beleza ao restante da paisagem, mais uma vez, trouxe seus encantos particulares. (6/2/2010)

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Resposta a uma amiga, grande pessoa

Heloisa diz:

Catarina

Ela tinha os olhos mais vivos que já vi...sempre curiosos, famintos de ler, acompanhados de ouvidos sempre atentos aos bons sons, tão poucas pessoas com esse dom. Levava sempre consigo não só a alegria, mas também uma caneta cheissima de inspiração. Lembro-me bem de que nunca libertava os caracóis de seus cabelos...Achava-os feios, e aprisionava-os com indiferença. Gostava eu de suas manias ao andar pelas ruas de São Paulo: roer as unhas, olhos baixos, cruzar e descruzar os dedos, morder os lábios inferiores.

Sua risada, doce som. A alegria reestabelecida a qualquer funeral, inicio de qualquer festa. Por outro lado, suas lágrimas, sinonimo de mau tempo,porem, de belos poemas. De quando em quando, sentia-se abandonada, sem ninguém no mundo. Encontrava eu, então, em seu anfiteatro com meu papel coadjuvante: como, abandonada? Tinha a mim. Sua irmã, separa apenas pelo levíssimo impecilio do sangue, tão meramente social. Ela sorria aquele seu enorme sorriso de contentamento e satisfação, de mostrar todos os dentes, e me olhava com aqueles olhos de criança curiosa. Dizia: Eu não te amo.


Catarina diz:

Lembro-me dela

Lembro-me bem de seu rosto. De suas feições, seus contornos. Eram suaves, tão perfeitos. Tinha os olhos escuros, os cabelos encaracolados de cor de chocolate. Levava-os sempre soltos, afim de vê-los brincarem com o vento ao encontra-los. Tinha um belo sorriso. Verdadeiro. Luminoso, encantava a todos que tinham a felicidade de ver aquela beleza toda. Era realmente uma menina linda, de uma beleza desigual.

Ah, mas não era apenas algo físico. Tinha mais formosura nela. Era dona de um coração enorme. Nele, todos cabiam. Estava sempre disposta a acolher os abandonados, como eu. Nunca os deixava sozinhos. Tinha alma protetora, levava consigo um espírito humanitário. Abraçava a tristeza do próximo e a transformava em felicidade, com sua capacidade de fazer os outros sorrirem.

Tinha um dom especial, o de desenhar. Eram sempre realistas, pareciam belas fotografias. Enquanto os criava, via-se seus olhos brilharem, quase lágrimas formavam-se e começavam a escorrer. Era possível perceber sua paixão. Sua verdadeira vocação.

Dentre as tantas pessoas que entraram em minha vida, teve sempre um papel importantíssimo. Amiga. Sempre ao meu lado, fosse um momento feliz, fosse um momento triste. Lembro-me de suas palavras sabias para me acalmar. Lembro-me dela com carinho, guardo-a dentro do peito, para jamais esquece-la.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Tudo com voce

Meus dias com ele

O sol atravessava a janela naquela manha de muito calor. Alguns pássaros já cantavam em seus ninhos. Seus cantos misturavam-se com o barulho dos automóveis. Mistura não muito agradável, mas que não me despertou.

Eu ainda dormia, profundamente. Quando abri meus olhos, alguns raios de forte luz vieram diretamente neles. Rapidamente os fechei. Mas, logo, voltei a abri-los e, dessa vez, sorri, porque já se fazia manha.

A brisa matinal começara a entrar por uma fresta. Meu corpo, ainda quente da cama, sentia aquele gelado e se deleitava. Arrepiava-se. Veio-me então um cheiro delicado. Entorpecente. Delirei com aquele perfume, que não me era de todo desconhecido.

Levantei-me e segui, lentamente, a fragrância que envolvia-me, que deixava-me tonta. Passo a passo eu ia, de olhos fechados, a todos os cômodos da casa. Pouco depois, entrei na cozinha, e o encontrei sentado a mesa, de costas.

Um grande suspiro de prazer me veio a tona, e foi com um abraço e um sorriso dele que meu dia começou. Ao seu lado, eu sempre era mais feliz. Esquecia ate mesmo de que era segunda feira. (5/2/2010)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Dono de mim

Sol

Oh Sol! Ilumina meu peito
Deixa-o contente
Faz dele um lugar quente
Acalma-o com teus raios poderosos

Brinca com meus cabelos, oh Deus!
Deixa eles brilharem sob a tua luz
Aquece minha alma gelada
Deixa tua marca em meu corpo branco

Oh Sol! Por que estas tão distante?
Queria o perto, ao meu lado
Gostaria que iluminasse
Toda a escuridão da vida

Sol, desejo-te tanto
Necessito da tua companhia
Clamo por teu carinho
Por tua luz, que brada minha pele

Seus encantos são tantos, oh sol!
Ao olhar-te, fico quase cega
És tão forte, meu Deus
Acolhe-me junto ao teu peito, me protege

Me leva contigo para longe
Esquece que os outros existem
Faz de mim sua
Acalenta-me com seu fogo

Se um dia perderes tua luz, oh sol!
Tenha a certeza de que aqui estarei
A observa-lo pela janela
Chamando-o para dentro de mim
(3/02/2010)