sábado, 30 de janeiro de 2010

Apaixonada pela chuva

Ao ritmo da chuva

Como me fascina essa tempestade. Agua caindo, descendo dos céus. Limpando tudo o que encontra. Alma, vida. Muda a cidade. A deixa mais agradável. O pingar das gotas me chama. Me faz querer sair para dançar ao som da chuva. A um ritmo novo. As pessoas não param e observam os pingos que caem sobre as ruas e calçadas. Mas eu, em meu dia inútil, não deixo de contempla-los um instante. Com os olhos mais molhados do que toda a agua que cai nesse minuto, desejo ter toda essa beleza para sempre. Poder olhar através da janela do meu quarto e ouvir a mistura dos carros com a chuva. Dos que passam com o vento chuvoso. Todo esse barulho me faz fechar os olhos, trazendo-me calma. Em dias como esse, a única coisa que me vem a cabeça eh sair por ai, debaixo desse mundo a cair. Sentar na calçada e ouvir o vento sussurrar meu nome ao pé do ouvido. Quando tudo terminar, levantarei. Lamentarei que o show tenha terminado, mas estarei transformada. Lavada, por toda a agua que escorreu pelo meu corpo nessa tarde fria e triste. Pelo choro que cai sobre a cidade e a transforma todos os dias. (28/01/2010)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Sao Paulo 456!

A cidade que nunca para

Uma gota depois outra. Elas caem gentilmente sobre ruas e calçadas. Uma a uma formam poças. Espelhos espalhados por toda parte. Refletem uma imagem. Uma beleza incansável. Algumas pessoas passam sobre a agua no chão, deixando-a turva. Na cidade que nunca para, ninguém observa o movimento da chuva. Todos estão a correr, mal vêem que o céu chora pedindo um pouco de atençao.(27/01/2010)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Misterios da vida

Perguntas recorrentes

Uma cadeira, era o que precisava. Perguntas simplesmente vinham quando ela sentava ali. O mundo desaparecia completamente. Alias, o que era o mundo? Como as pessoas chegaram ate ele? Como ela chegou? Essas eram as questoes que passavam por sua cabeça. E como se nada mais importasse, ela buscava respostas. Mas nunca as encontrava. Um certo medo aparecia, mas logo se esvaia quando, de repente, o telefone tocava. Ela era obrigada a levantar e continuar a viver, mesmo sem saber de fato o que a vida eh. (20/1/2010)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Dentro deles, eu; Dentro de mim, voces

Encontro com o outro

Ainda sob a escuridão da noite, sob as estrelas mais brilhantes no céu, fico sentada em minha cadeira. Imaginando coisas, pensando. Algo me atormenta, porque quando me deito, sono não tenho. Se durmo, não sonho.

Prendo-me a textos desconhecidos. Satisfaço-me em ler as palavras sabias dos outros. Convenci-me de que as minhas próprias já não são o bastante para mim. Procuro, agora, em lugares ainda mais diferentes ajuda, um consolo. Procuro vida onde eu não sabia que existia. Vida alem dos limites que eu tinha antes.
Algumas vezes, lágrimas escorrem. Lavam-me o rosto e arrancam-me um sorriso. De alegria. Por me encontrar no que não eh somente meu. No do outro. Encontro-me com a realidade de outra pessoa, e sinto-me melhor. Mais eu mesma. E descubro o outro em mim.
Assim, paro. E volto a tentar buscar-me em minhas palavras. E não surpreendo-me quando consigo. Depois de ler-me no outro, tento escrever para que o outro se leia em mim. (21/1/2010)

domingo, 17 de janeiro de 2010

Feche os olhos

Rebentação

A vista da rebentação era realmente pacifica. Calma. As ondas se encontrando com as pedras. Se envolvendo. As gotas que voavam, achavam pés cansados e os molhava. Um friozinho vinha na barriga toda vez que a brisa leve soprava em seu corpo. Gentilmente, ele agradecia com um arrepio. O vento revoava seus longos cabelos. Fazia sua vista ficar encoberta. Suas mãos, os tiravam, para que, sobre as pedras, ela pudesse olhar o mar.

O sol já era fraco. Estava quase se pondo, trazendo a escuridão ao dia que partia. Mas seus olhos não cansariam facilmente de se esforçar para ver toda aquela beleza. Aquela magia das águas. Sublime.

Alguma coisa lhe enchia o coração de boas vibrações ali. O cheiro salgado do mar, a leveza com que a agua batia contra as rochas e quase as fazia suspirar. O umido que se formava. Era tudo perfeito, obra de Deus.

O barulho do mar correndo era poesia. Parecia estar sendo recitada em seus ouvidos. Palavra por palavra, ela as sentia. Sua alma ia, naquele instante, a um paraíso. Ao céu. E fazia uma eterna viagem por ele. Aos poucos, voltava. Lentamente, como o cair da pequena cachoeira que se formava la longe, quase no infinito, onde céu e mar se unem.

Estrelas anunciavam a chegada da noite. Pontos cintilantes. Iluminavam de uma forma diferente a paisagem. De repente, uma fina chuva gelada começou. Molhava sua pele. Fazia-a estremecer. Deitou-se para sentir melhor o impacto causado por ela ao cair no corpo. Adormeceu ao som do mar e do doce sabor das gotas. Sonhou. (16/1/2010)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Para voce, que roubou meu coraçao

Foi tudo de repente. Quando vi, já tinha sido. Estava tomada, encantada, apaixonada. Eu não estava mais em mim mesma.

Será que eh fácil encantar alguém? Deixar alguém em eterno estado de sonho? Para você, isso parece normal. Tao normal. Chego a pensar que não eh algo tão difícil assim.

Pode ate ser que você não ache isso. Mas para mim, o seu "ser" natural eh feiticeiro. Sem esforços, rouba o coração das pessoas. E esquece de devolver.

Você levou o meu. tem um tempo. Mas eu não quero ele de volta. Sabe o que eu quero mesmo? Quero o seu. Muito!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O estar dentro e ao mesmo tempo fora

Quando escrevo, não me descrevo. Apenas escrevo.

Eu não sou o que esta escrito. Eu sou apenas quem escreve.

Mas eu consigo, juro que sim, sentir o que sente aquele que escrevi.

Quando fecho meus olhos para escrever uma historia, eu a vivo em fantasia. Como se a ponta do lápis conectada ao papel me fizesse viajar. Entrar em um mundo surreal. E, depois de abertos, eles cuidam de ajudar a escolher as palavras certas para descrever o que viram. E, com ajuda da minha mão, escrevo sobre algo que não vivi, jamais. Somente em minha viagem.

Eu estou dentro, mas, ao mesmo tempo, fora de tudo o que escrevo. Eu sou parte e não parte das minhas próprias historias. Eu sou escritora e personagem. Quem escreve e quem sente.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Madrugada acordada, um texto

Devaneios de uma madrugada em claro

Há alguns minutos estava olhando o céu. Ele ainda era avermelhado no infinito. Corria amarelo ate ficar azul. Era tão bonito ver a magia das cores tão fantásticas pintando o dia que nascia. Mas em minutos, em um piscar de olhos, a paisagem havia mudado. A escuridão da cidade agora era clara. Já havia luz onde era tudo deserto. Havia vida onde tudo parecia estar esquecido. Isso porque as pessoas sonhavam em suas casas. De noite, onde fazia frio. Não sei se era a única, mas estava a admirar cada centímetro de beleza presente na paisagem da madrugada de hoje. Com olhos avidos por coisas novas olhei através da janela da sala. Sabia que tinha poucos minutos para sentir tal graça. Então não desperdicei nem um segundo. Me concentrei no horizonte, avermelhado. Depois corri meus olhos pela parte já amarelada que chegava quase ao centro. E finalmente vi o azul nascente e as nuvens ainda invisíveis. Voltei para a parte infinita e fiz um pedido. Ele foi realizado, o sol nasceu. E agora estou a contemplar essa bola de fogo. Amarela, quente. Com leveza, ela faz as pessoas acordarem. Interrompe seus sonhos. Mas faz elas voltarem ao devaneio enquanto param para ver o dia la fora. (13/01/10)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Depois de tudo

A voz tua

Nao sei bem descrever. Talvez seja indescritivel. Mas vamos tentar...rs

Era uma voz leve. Suave e doce. Tremula, nervosa. Palavras que, ao som dela, se tornavam as mais lindas. Tinha um tom totalmente novo. Nao pude ouvir muito, mas o pouco tempo foi necessario. Era uma voz bonita. Gostosa de se ouvir. Envolvente. Parecia um abraço em dia de frio. Macia. Confortante.

No momento em que ouvi a voz tua me senti fora do chao. Cliche: nos ceus. Mas eh verdade, tudo parecia sonho meu. Devaneio. E entao vieram os olhos cheios d'agua. Quando isso aconteceu, ja terminara. E o choro foi entao contido. Talvez, para o pessoalmente. (11/1/2010)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sonhos

O beijo teu

Sonhei com o beijo teu, meu amor. E nesse encontro, o mundo parou. E era mesmo sonho? Ou nossos labios se encontraram? Talvez, fora sonhos cruzados. (4/1/2010)


Em seus braços

O dia nasce. A paisagem ja nao eh mais a mesma de ontem, onde, de noite, ficamos abraçados ternamente. Mesmo assim, acordo e estou em seus braços. Adormecido, voce sonha. E quando te beijo, o real e o sonho se encontram. Mas voce ainda dorme, sereno. E algumas lagrimas escorrem tua face, voce nao percebe, mas eu volto a dormir ao seu lado outra vez. (4/1/2010)

Mudam-se apenas as datas

Circuito Fechado (Detalhes de um dia, que nao se modifica)

Acorda. Levanta. Bocejo. Banheiro, espelho, chuveiro. Toalha. Cozinha, cafe com leite. Sono. Saudade. Email. Mensagem. Sorriso. Alegria. Agua, suco. Senta. Espera. Espera. Levanta. Senta. Levanta. Varanda. Frio. Cadeira. Espera. Espera. Pensa. Escreve. Apaga. Escreve. Escreve. Le. Le. Esquece. Dorme. Sonha. Saudade. Dorme. Acorda. Levanta. Porta. Elevador. Muito frio. Carro. Saudade. Pessoas. Pessoas. Trabalho. Caixas. Documentos. Ruas. Semaforos. Pessoas. Saudade. Musica. Paz. Calmaria. Saudade. Almoco. Mau-estar. Pessoas. Caixas. Documentos. Carro. Por-do-sol. Deslumbramento. Felicidade. Casa. Porta. Banheiro, chuveiro. Toalha. Pijama. Cozinha, suco. Senta. Levanta. Varanda. Frio. Casaco. Senta. Saudade. Espera. Noite. Escuridao. Espera. Deita. Pensa. Saudade. Dorme. Sonha. Sonha. Saudade. Acorda...(8/1/2010)
(Curiosidade: Eu costumava ter de fazer esse tipo de texto para a escola, na 5a e 8a serie. Foi quando me apaixonei pela maneira de escrever. Tao rapida, tao envolvente...rs)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O que me veio a mente essa noite, que tambem tem fim

Eh finito, ainda bem!

Simples, um começo e depois um fim. Tao óbvio. O que seria da vida se não fosse a morte? Um mar de incertezas. Onde nem mesmo onde termina se saberia. (3/01/09)


domingo, 3 de janeiro de 2010

Ando meio sem ideias ultimamente

A agua aqui de dentro

Muita agua corre. Talvez, ela não queira nem sair e escorrer pela minha face. Percorre o meu corpo, e, por dentro, lava a alma. Me alivia em muito o peso que pareço carregar. Leva a dor, a solidão, a angustia. Vez ou outra ela da uma escapada. Mas isso eh tão raro. Quase nunca choro. Espero que a agua aqui de dentro não esteja se esgotando. Ou estarei eternamente condenada as minhas lágrimas. (3/1/2010)

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Postagem aleatoria

Eu adoro um bobo. :P...o meu bobo!

Ultima postagem do ano

Por que as coisas terminam?

Quem determinou o final dos anos? Quem disse que tem de acabar? Que existe um ponto final? A cada final, existe um novo começo. Surgem novos caminhos.

Por que nunca podemos voltar ao que passou? Aos melhores momentos que já vivemos? Talvez essa seja a parte mais deprimente de todas. Deixar para trás os bons momentos.

Os anos passam tão depressa. Tudo se vai correndo...Outro ano começa quando estamos nos acostumando ao velho.

Para mim, o final de ano eh uma data triste. Porque nos despedimos de tudo o que fizemos de bom. Das nossas conquistas.

Para mim, o final de ano eh uma data feliz. Porque temos a chance de começar tudo outra vez. Uma data de novas oportunidades. De novas perguntas e, talvez, novas respostas.

Um ano pode parecer muito. Mas perto do tempo, que vai tão rápido, tão ligeiro, eh nada. São apenas mais 365 dias. Mais um calendário novo. Mais alguns álbuns de fotografia. Mais algumas lembranças. São momentos felizes, momentos tristes, que se vão tão rápido como chegaram.

Em um piscar de olhos 2009 ira embora. Nunca mais voltara. Isso me traz algumas lágrimas. Pois sentirei falta de tudo o que deixarei para trás. E me traz alguns sorrisos. Porque tenho esperança de que o ano que vira pode ser ainda muito melhor.

Que 2010 venha sorridente e carregado de coisas especial para todos nos! Beijocas.