quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Falta bem pouco

Today

Como se estivesse entre duas paredes que se fecham aos poucos. Nao que eu esteja sem saida. Mas me sinto um pouco sufocada. Presa aos meus proprios sentimentos.

Basta coragem para abrir a porta, sair correndo e me livrar de tudo isso...

(30/12/09)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O que o tempo vem trazer

Mudancas virao com o tempo

O que via nao era mais um rosto bonito, alegre. Tinha agora uma face cansada, marcada pelo tempo. O pouco tempo que passou. Marcas pouco visiveis aos outros olhos, mas aos meus, grandes mudancas. Quase nao me reconheci. Cheguei a ficar dias sem me olhar, para ver se nao era delirio meu aquela imagem que vi. Foi quando me dei conta de que muita coisa ainda mudaria. Seriam ainda mais visiveis. Aos meus e aos olhos dos outros. Fazia parte. A mudanca viria com o tempo. Havia tambem outras marcas que ele deixaria, essas, ainda mais importantes. Os anos me deixariam lembrancas, saudades. Isso me trazia alegria. E quando olhei para o espelho novamente, esqueci das mudancas e sorri, porque lembrei de voce. Sentia saudades. (28/12/09)

domingo, 27 de dezembro de 2009

Algo um pouco assustador

Pensamento

De tarde, ainda com os olhos abertos, fico a pensar em você. E se ouso, por um minuto, fechar meus olhos, todos os sonhos que me vem a cabeça se remetem a você.

E nesses sonhos, tudo eh tão real, que passei a dormir mais que antes. Assim, posso ter, por algum tempo, a chance de estar contigo. Lado a lado. (29/11/09)

p.s: E eu, outra vez, com a temática de sonhos...rs

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Existe sonho realidade?

Se eu pudesse escolher

Se ao fechar os olhos para dormir outras coisas eu imaginasse. Não apenas uma avalanche de sonhos me viesse. Irreais. Fantasias nunca realizadas. Desejos quase impossíveis. Se eu pudesse, ao menos uma vez, escolher meus sonhos. O que me vem a cabeça. Não iria querer apenas te imaginar. Gostaria de poder te ver. Assim, meus sonhos não seriam irreais. Minhas fantasias passariam de uma mera ilusão. E, então, eu não abriria meus olhos nunca mais. (23/12/09)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Até meus olhos

Um lar

Por vezes, olho a janela. Entao, quero e nao quero. Desejo e nao posso, tudo ao mesmo tempo. Na verdade, nao sei bem o que sinto realmente quando me perco ao olha-la. Mas algo aperta o meu peito. Paro um instante. Fecho suavemente meus olhos. Respiro profundamente. Volto em todos os lugares que nunca desejei partir. Faco uma longa viagem. E volto a realidade. Meus olhos procuram um lugar familiar naquela paisagem. Quem sabe, um lar. (21/12/09)

domingo, 20 de dezembro de 2009

Quando estamos longe de casa

Saudadezinha

Alguns dias sao diferentes. Desanimados. Quando nos damos conta, vemos que o que nos faz triste eh uma saudadezinha profunda. Que incomoda bastante. E entao temos vontade de correr...o que desejamos? Voltar para casa.
(19/12/09)

p.s: Que fique claro: Eu sinto falta de casa.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Algo se quebrou, e eu nao tenho ideia do que foi. Mas dessa vez eu aprendi com ela.

Outra coisa que partiu

Mais um vez via a mesma cena
Outra coisa se partiu dessa vez
Foi jogada ao chão com violência
Com extremo desapego

E obviamente se quebrou
Coisa importante, mas que se despedaçou
Estava agora toda estilhaçada
Dessa vez as lágrimas não foram derramadas

Pois tinha um coração frio
E certeza de que não sentiria sua falta
Na verdade, desejava que ela se fosse
Tivera sempre vontade de se livrar daquela coisa

Olhei para a cena, que antes seria triste
Sorri, talvez tivesse aprendido
Havia entendido o significado do ir embora
Me voltei e parti também, agora mais aliviada que antes
(13/12/09)

sábado, 12 de dezembro de 2009

O esquecer faz parte do medo tambem

Esquecer

O silencio. A saudade. Tinha medo. Não tinha nada, mas esperança. Persistia naquilo. Proibia a si mesmo de desistir. Nunca, jamais! Fosse o que fosse, acontecesse o que acontecesse. Já havia começado. E tinha determinado que iria terminar. Levantou a cabeça. Se encheu de bons pensamentos. Voltou a caminhar. Por fim, esqueceu-se de que algo poderia dar errado. (11/12/09)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Falta mesmo coragem, apesar de tudo?

Apesar de tudo

Finjo não te ver, não te querer
Quando tudo em mim grita
Mesmo assim eu continuo a me contrariar
Como posso simplesmente dizer não?

Sei que quando você se for
Sentirei sua falta
E assim verei o quanto te quis
Sempre então lembrarei de ti

A menos que te diga agora
Talvez eu ainda tenha tempo
Será que há coragem em mim?
Não sei, acho que nunca saberei

Apenas peço que não se
Continue a me amar
E mesmo que eu te rejeite
Saiba que sempre te amei
(15/09/09)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Nao sei mais o porque

Desejo tanto

Nesses dias gostaria de estar ao teu lado. Quando poderíamos conversar. Te diria aquilo que atribula a minha mente. E ouviria o que tens para me dizer. Queria poder te falar tudo, mas ao mesmo tempo não posso. E então fico apenas com a vontade. Guardo minha saudade comigo. Me faz falta tua presença. Me dói por demais a tua ausência. Seria tão mais fácil se eu pudesse olhar para os teus olhos, segurar a tua mão e esquecer o resto. A viagem seria mais bonita, infinita.

Já não sei mais por que quero tanto tudo isso. Parece-me tão inútil. Não te terei mesmo. Sinto a distancia entre nós cada vez maior. Existe agora um abismo. E a saudade que me consome se intensifica. Será somente ilusão, ou estamos realmente nos afastando? Não sei mais nada. Não sei mais o porque. Mas isso também não me importa mais. Posso simplesmente fechar os olhos. Depois disso, não paro. Construirei as mais diversas situações contigo, aproveito que nesse momento sou eu quem controla minha imaginação. Continuo a imaginar. E volto a acreditar que um dia estaremos mais próximos, talvez abraçados. (8/12/09)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Um desespero toma conta de mim

Agoniada

Sentada naquela pequena sala, em um ambiente nada familiar, permaneceu durante horas. No começo fora difícil, depois se acostumara a esperar. Estava começando a desenvolver um dom, a paciência. Era impressionante como era paciente. Não se cansava, não se irritava e pouco se importava em ter de esperar por tanto tempo. Gostava ate, talvez pudesse, naquele breve, ou nem tanto, momento, pensar em outras coisas.

Enquanto esperava, se intrigava com questões reflexivas. Era o que sempre fazia nesses momentos totalmente introspectivos, onde ela nem se quer podia conversar. Mesmo que pudesse, todos eram estranhos, nunca os tinha visto, mas os achava ate que simpáticos.

As perguntas que perambulavam por sua cabeça eram meio esquisitas, um pouco diferente das que casualmente vinham a tona. Essas eram um pouco menos complexas, devia ser o cansaço. Já nessa parte do dia, não aguentava mais ficar ali sentada, vendo o tempo passar. Perdera totalmente a paciência que havia adquirido e aprendido a ter perante situação como aquela. Ela se sentia em uma prisão, não gostava daquela sensação. Os minutos pareciam meses, pelo fato de não poder utilizar relógio, eles haviam sido banidos. Isso era uma grande tortura, pois se baseava nas horas.

Agora, tudo o que tinha a fazer era se distrair com outra coisa que não o tempo. Começou a ler tudo o que havia em volta. Em pouco tempo se cansou. Lera mais de mil vezes as mesmas palavras cansativas. Então começou a pensar. Mas isso a perturbava, não estava consciente o bastante para isso. Voltou então a tirar o esmalte das unhas. Isso parecia ser interessante, menos pelo fato de ser muito demorado e trabalhoso. Resolveu que iria pintar as partes em branco do caderno. Pintou, pintou, pintou. A agonia lhe sufocava cada vez mais agora. Tentava relaxar, mas todo o seu corpo já doía. Estava completamente estraçalhada. Já era desesperador permanecer naquela sala sentada por mais alguns instantes. Era toda branca, as cadeiras todas iguais, enfileiradas e muitas pessoas quase mortas sentadas umas atrás das outras. Tinha vontade de sair correndo, iria dali direto para o hospital.

Começou a pensar sobre as coisas que mais gostava, e tentou fazer então uma viagem. Quase fechou os olhos, mas não tivera tempo. Assim que imaginou estar perto daquilo que mais gostaria de ter junto dela, foi avisada de que poderia se retirar. Saiu as pressas, mas ainda levava consigo o desejo de viajar, de fechar os olhos. (6/12/09)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Porque hoje eu vou sentir a sua falta, demais

Não quero acordar, jamais, jamais.

Não sinto mais a mesma coisa
O mesmo sentimento, a mesma sensação
Esta tudo tão diferente, tão transformado
Que já não reconheço mais nada, estou perdida

Nesse turbilhão de coisas que estão acontecendo
Que estou sentindo, e que estou vivendo
Jamais, por mim, vividas, ou imaginadas
São como surpresas, surpresas diárias

E como eu gosto de vive-las, de senti-las
Talvez fossem as coisas que sempre busquei
Poucas vezes as encontrei, mas finalmente consegui
Achei o que buscava secretamente em meus sonhos

As vezes demoro a acreditar no que acontece
Parece tanto mais um sonho meu, sempre estou pronta para acordar
Mas algo forte me puxa novamente para essa aventura, essa realidade
E volto a viver minha realidade fantástica, onde passei a ser mais feliz

Consigo, por alguns segundos, me reencontrar
Mas já eh tarde demais, me perdi nesse sentimento doido
Nessa realidade fantástica que me faz tão bem
Que desejo, que mesmo sendo tudo um sonho, eu não acorde jamais, jamais.
(3/12/09)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Pequeno segredo expresso

E você? do que tem mais medo?

Liberdade

Poder gritar, extravasar
Ter liberdade, para ir e vir
Tenho medo de não querer voltar
Mas ainda mais de não partir.
(Setembro de 2009)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Vemos as coisas como os nossos sentimentos

A cadeira

Tudo o que via era uma cadeira vazia
Solitária, que girava, sem ninguém
Parecia tão triste, tão infeliz
Pequena, pois fora esquecida

Sozinha, sem rumo
Trazia grande melancolia
Tinha sido abandonada
Seu dono a deixara, como coisa qualquer

Era, de certo, uma cadeira valiosa
Diferente, não era igual as outras
Talvez nem fosse uma cadeira
Via naquele objeto algo a mais

Podia se sentir dentro dele
Entendia a tristeza ali presente
Foi tão fundo que descobriu a verdade
A cadeira, era seu coração
(30/11/09)