quarta-feira, 24 de março de 2010

A vida continua, amanha sera melhor

Soa o alarme. Abro os olhos, desejando não precisar acordar. Me viro para ver as horas, ainda são 7h00. Bocejo e lembro não ter nada para fazer. Me cubro novamente, volto a dormir. Fecho meus olhos e logo estou em sono profundo. Não me lembro de meus sonhos, o que eu via era apenas um grande preto diante de meus olhos. Nenhuma voz me chamava, nenhum movimento. Com receio de perder completamente a manha, acordo em sobressalto. Me volto para o relógio, já são 8h30. Resolvo acordar e fazer algo útil. Levanto-me e caminho lentamente ao banheiro. Passo boa parte da manha nele, lavando o rosto e lendo emails. Saio e vou ate a cozinha, me sentindo um pouco enjoada por causa do remédio que venho tomando. Mas mesmo assim, insisto em tomar um café da manha que eu já sabia que não me faria bem. Pouco tempo depois, volto ao meu quarto, ligo meu computador e checo algumas novidades na Internet. Respondo alguns emails, e parto para a minha obrigação: caminhar. Sempre fui meio gordinha, e de um tempo pra cá descobri que isso afetou o funcionamento do meu corpo, preciso emagrecer para tentar me curar, apesar da doença ser, vamos dizer, cronica. Quando são 9h20 saio pela porta dos fundos. Com preguiça, dessa vez não vou pelas escadas, acabo chamando o elevador de serviço. O trajeto ate o Térreo não leva mais que um minuto, mas eu fico agoniada, elevadores me dão uma grande sensação de prisão. Chego aliviada e saio em direção ao parque onde tenho caminhado três vezes por semana. Muito sol, isso já me desanima. Não me sinto nada bem debaixo de tanta luz. Minha cabeça dói, mas eu continuo a ir em frente. Depois de, mais ou menos, quinze minutos chego. Já me senti bem dentro daquele lugar, mas ultimamente venho não gostando de la. O parque esta mal cuidado, muitas pessoas que ficam por la apenas para ler, relaxar e caminhar, como eu. Eu apenas escolhi ele por ter bastantes árvores, o que impede a passagem da luz solar, não me fazendo ficar com dor de cabeça. Dou apenas duas, ou três voltas, e começo a sentir o mal estar proveniente do meu remédio. Junta-se a dor de cabeça, e eu decido voltar para casa. Não me preocupei em olhar para o relógio, adquiri o modo de vida: "viva sem relógio e aproveite o momento". Não sei se funciona, mas tento me acostumar e venho tendo sucesso, me vejo menos dependente das horas. As 10h00 chego em casa e me preparo para tomar banho. A vida continua, amanha, talvez eu caminhe outra vez, com a expectativa de que o dia seja melhor. (24/03/2010)

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