segunda-feira, 15 de março de 2010

Carta duas

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 1943

Minha amada,

deixo-lhe esta carta para que lembres de mim para sempre. Peço perdão se não soube esperar pela tua volta, meu amor. Mas eu já não encontrava mais sentido em meus dias, em minha vida, sem tua presença. A tua ausência aos poucos foi me roubando as forças. Rapidamente, eu estava fraco, vulnerável. Hoje, mais do que nunca, percebo que sem ti, minha vida, nada sou, apenas um mero homem doente em cima de uma cama prestes a morrer. Levarei comigo teu sorriso, e deixarei a ti a lembrança dos bons momentos que juntos passamos. Não quero que chores ao ler esta carta, lembra-te que onde quer que eu esteja por ti olharei. Se parti foi por escolha minha. Tarde demais para se arrepender, já tenho certeza do que quero. Uma vida tranquila, sem feridas. Deixo-te também todo meu amor, foste a única mulher que amei em toda minha vida, sempre serás. Levo algumas lágrimas nos olhos, pois não queria deixar-te, mas sei que fiz o melhor, e sei também que me entenderas. Amo-te por completo, minha vida. Fique bem, meu amor. Meu ultimo beijo eh teu.

Adeus,

Augusto Borges.

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