As margens daquele rio tive uma visão
Me debrucei e consegui ver a minha imagem
Um tanto cansada, com olhos de quem não dorme
Mas não desanimei, voltei a olhar para aquele rosto
E eu ainda podia ver um brilho em meu olhar
Vi também uma boca, nela, um sorriso
Os cabelos, antes negros, agora quase nuvens
Percebi que o tempo tinha passado
Com ele, fora a minha beleza, minha juventude
Minha pele, agora toda enrugada, era ainda macia
Lembrei de todos os que já haviam tocado-a
Pude sentir todos os toques outra vez
Uma grande felicidade me invadiu
Consegui reviver todas as lembranças do passado
Isso na fração do segundo entre me olhar e relembrar
Levantei então, dei uma ultima olhada, e segui, contente
(17/11/09)
O tempo está dentro de nós, inimigo quando o interpremos ele em nossas rugas e amigo quando o consideramos nossas memórias.
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