sexta-feira, 11 de junho de 2010

Procura-se: Catarina

Perdida entre barulhos, pessoas e todo o movimento de São Paulo, quase encontrei-me em um jardim. Tão raro, de cores vivas e tons apazinguantes. Era o que eu precisava naquele momento. Somente o silencio, ouvia-se o barulho das folhas rebatendo-se umas contra as outras, ah, que som! O vento soprando, rápido, estonteante.
Eu sentia a brisa correndo minha pele. Envolvendo-me, seduzindo-me. Sussurravam versos e versos. Pura poesia. Não entendo como consegui negar tal chamamento. Talvez não fosse a hora, não fosse o momento propicio. Mais uma vez ele fugiu de mim, ou eu dele. Querendo escapar de qualquer revelação, entendimento.
Arrependo-me de não tê-lo encarado. Um encontro era tudo o que eu mais necessitava, mas eu ia contra todas as minhas necessidades. Ia para um lugar distante, muito longe daquele encantador jardim que acabara de achar.
Mais uma vez perdi-me em meio aquilo tudo. Doei-me ao vento. Voei longe, para onde olhos não são capazes de enxergar. Mais uma vez driblei o destino. Apesar de muitas vezes desejar uma coisa somente: encontrar-me. Seja lá onde for. (11/06/2010)

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